[RESENHA] As Virgens Suicidas
"Sentimos o aprisionamento que é ser garota, e como isso torna a mente ativa e sonhadora, e como a gente acaba sabendo quais as cores que combinam entre si. Soubemos que as garotas são nossas gêmeas, que existíamos todos no espaço como animais de idêntica pele, e que elas sabiam tudo a nosso respeito embora nós não soubéssemos nada delas. Soubemos, afinal, que as garotas são na realidade mulheres disfarçadas que compreendem o amor e até mesmo a morte, e que a nossa tarefa era apenas gerar o barulho que parecia fasciná-las."
Fiquei interessada quando vi a capa do livro, ela já provoca
um interesse no leitor por ser uma capa explicita e ao mesmo tempo traz novas
sensações não muito comuns nos livros atuais. O livro é de Jeffrey Eugenides, e
é considerado por muitos um clássico da literatura contemporânea norte
americana. Conta a história de cinco irmãs peculiares do subúrbio, seus pais
possuem regras e uma educação rígida que impedem as paixões e afloramentos da adolescência
destas meninas e por uma beleza e mistério deixam seus vizinhos e colegas de
colégio curiosos. Esta curiosidade geral cresce após o inicio de um período de
devastação familiar com o suicídio da primeira irmã, e este fato levará a morte
das cinco irmãs em sequência.
Um fato curioso, é que você não sabe muito bem que narra e
em certos momentos parece que são vários narradores com suas diversas
percepções da tragédia. Como já disse,
ele não é um livro tão macabro, porém, bastante melancólico. Não sendo uma
leitura muito rápida, a cada página esta melancolia aumenta junto com o
interesse de descobrir a causa para o que ocorre. Não vou contar se esta causa
é descoberta ou não, deixo na mão de vocês para lerem e me contarem depois suas
opiniões sobre este livro!
Ah! E para quem não curte muito ler, este livro foi adaptado
ao cinema por Sofia Copola, mas ainda não assisti para dizer minhas impressões.
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